quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um punhado de coisas

Carrego dentro de mim um punhado de coisas
Um tanto de medo, uma trouxa de esperança,
Uma gota de desespero, um fio de audácia,
Uma lembrança e um estado de amnésia...
Tudo tão misturado que fica difícil discernir,
Só sei que são um punhado de certezas incertas, que me inquietam e
me acalmam.
Vistas de fora  parecem não ter forma,
Um punhado de coisas que compõem e consumem o eu.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Desajuste.

As inconstâncias do ser me impedem de ver 
Sempre fora de mim é que percebo o estrago
Nunca na hora, nunca no momento exato
Só com calma, só com o tempo!
Se me procuro não vejo,
Busco as falhas e os remendos
Nunca na hora, nunca no tempo...
Só com calma, ou depois do vento.

domingo, 12 de dezembro de 2010

É hora de cantar

Geometria inflexível,
determina o espaço.
E o estrago está contido,
noves fora eu não sou nada não.

Passarinho colorido
bateu asa e foi embora.
Se eu pudesse ia contigo,
mas eu sei que não é por bem
deixar quem se tem.

Um certo autismo me salva.

Vindo de longe,
descendo bem alto.
De peito aberto,
consciente da missão.
Eu tô num processo
que precede a vida.
No infinito o mar,
brilhos na escuridão.

Mombojó -Passarinho Colorido


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Momento Clarice Lispector

“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”