quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sómedo

Eu não sei ser só
Tenho medo da solidão
Eu não sei morar só, tenho medo da escuridão
Eu não sei o que é ser sóbrio
Tenho medo da chatice,
Eu não sei ser bêbado nunca bebi wisk.
Eu não sei o que é autenticidade,
Tenho medo da imparcialidade.
Tenho medo de não ir pra o céu,
Nunca fiz caridade.
E os meus valores são cristãos?
Meus pensamentos pagãos?
Será que moro num quartel?
Será que passo isso pro papel?
Preciso de mais aulas de teoria,
Preciso formatar o texto,
Fugir da agonia de ser uma guia.
Desvendar não é meu verbo
Não quero validar o certo!
Quero ter medo!
Mas ainda e cedo, para "criar" conclusões
Discutir as relações de poder, de gênero, de agonia...
Talvez seja cedo para saber o que dizer
Talvez haja medo de não ser o que idealizei.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Cantando errado

O que eu faço te embaraça?
Tenho medo que este esquema nos corroa como traça.
A verdade é que desconheço você, seus medos, méritos, seu fel...
Então pra quem foi o julgamento cruel?
Nesse caso, pra que discorrer sobre você se o que eu tinha eram só impressões nunca foram conclusões?
Vou falar é do equívoco, que me trouxe até ali antes de ontem.

E se tudo ficar manchado?
E se você ficar zangado?

Vai ver que meu rádio tava desligado.
Vai ver tava mal sintonizado
Vai ver não toca Los Hermanos
Será que eu tô te achando?
Vai ver que foi assim, eu só vi o lado ruim

Pra mim você não é estranho, não é tacanho
Pra mim você não é perfeito, é seu jeito
Será que você vai entender?
Te tenho afeto.

Pra mim foi um equivoco, um imprevisto, que se alastrou no improviso de agir sem pensar, sem pesar o valor.


Vai ver que meu rádio tava desligado.
Vai ver tava mal sintonizado
Vai ver não toca Los Hermanos
Vai ver que eu tava cantando errado sobre você.