terça-feira, 30 de março de 2010

Maturidade

No limiar do ser
difuso e plural
o par lacrimal
percebe-se e dista

Rompe a luz
do sono jovial
e o real se avista:
o leque e a cruz.

O labirinto seduz:
caminhos... sonhos...
O venial mate-xeque
ao juízo medonho

Encruzilhadas, um ser
perdido, desvairado,
passa e lê: "demasiado
jovem para viver!"

(Por Gabriel Navarro)

sexta-feira, 12 de março de 2010

É de Jane

Como me custa te falar...
Novamente te olho na esperança de acertar
Por que não sei te definir
Só sei que sempre te quero aqui

É de amizade que estou falando
Por ti torço e faço planos
É de verdade que estou cantando
Por que você é minha amiga e nem sempre concorda comigo
Entretanto em minha vida és sempre bem-vinda

Me conheces sem falar
Confidencia só de pensar
Me imputa culpa, mérito outro lugar só por que esse é o teu jeito de cuidar

Orquestra sonhos, disilusões
Sorrir bem alto
Tira conclusões, encarna a analista
Me aponta os erros e as vezes briga

És tão madura e insegura
És tão valente, inconsequente
És tão bonita e tenha em mente
Que sabes prever o inconveniente, mas não te chamas onipotente.

Nesse todo és uma criança
Que olha o mundo com esperança
Tem muitos amigos, mas encontra abrigo dentro de si, na sua auto-confiança

E não me diga que és frágil
Por que teus muros estão bem guardados
O que você pensa estar ruíndo é apenas o vunerável...

Por que o que é de fato importante
Você protege com todas as tuas chances
Seu Bem, bem que estava certo : o mundo é de JANE

Não estou tecendo elogios
Não me é um desafio escrever sobre você
Por que és transparente, mesmo quando ambivalente tenta se esconder

O que eu sei é que és rara
Plantas afeto, és peça cara
Então não me venha ser barata, tua filosofia eu quero ouvir
Tua nostalgia não tem fim...

É claro que és intransigente
Mas também és muito consiente
De que na vida de síntese e síntese a gente se preenche

E de tudo que quero que guardes é que conheço tuas verdades e te desejo a maior de todas as felicidades.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Marca

Fecho os olhos e Te sinto
És mais forte e profundo do que imagino
És abrigo que não se abala
Tua presença minha casa

Estão meus sonhos em Ti penhorados
São meus planos contigo restaurados
E as questões que eu criei? Desdobrados
Os caminhos que tracei ? Redesenhados

Ao ouvir Tua voz estremeço
Por que eu Te conheço
Ao ouvir Tua voz desconheço o medo
Por que Tua mão me acalenta, não me imputa a promessa terrena.

Nesse refúgio que és Senhor
Me comprometo
Nesse percurso eu ando e não cedo
Em Tua palavra me reconheço

Que coerência encontraria longe de Ti?
Que narrativa iria construir?
Se Tua palavras são de vida
Em Ti sempre enxergo uma saída...

O meu caminho não é só meu
O Teu amor o descreveu, em linhas gigantes,
escritas com sangue
O Teu amor se derramou e hoje sinto sou aquilo que Você sonhou

És minha coerência, meu equilíbrio
Sustento
Força
Alento
Amigo
És Tu Senhor a minha marca

terça-feira, 2 de março de 2010

Domínio

Deságua coração como correnteza que chora
Leva pra longe o que te afoga
Pára e volta
Volta!
Volta que o mundo é o teu domínio
A vida não cansa e nem descansa
Suba!
Sobe na laje que o telhado ainda não está pronto, mas te abriga
Dança que a vida não cansa
Escolha a trilha sonora
A correnteza vai passar

E o teu mundo é de que cor?
Qual o teu espaço?
Demarca!
Mede!
Escolhe!
Briga!
E esta parede por que não pinta?
Não te faltam braços e abraços para mudar os traços do teu rosto nu

Então respire
Quem disse que voar não é possível?
Sorria, despeja tua alegria
Por que o mundo, este tão grande é o teu domínio.