segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Estória

Tenho lido muita orelha de livro. Abastada de idéias superficiais. Estou com medo da compreensão rasa, da não reflexão. Estão em falta os subjuntivos, os indefinidos, os quase e os por que não.
Desse jeito eu não vou me mudar. Desse jeito eu não vou colar grau. Mas então o que será da Primeira República, dos hospícios e internatos? E das crianças robustas da Liga Pernambucana?
Vou-me embora pra o silêncio da leitura, deixarei a oratória para o fim da mesa, afinal sempre haverá rodada de perguntas... Questiono-me depois, agora deixo só o barulho do ventilador.
Será estudo de caso? Ah, não sei fazer história total.

Tenho tido muita olheira livro, você não me deixa dormir!
São tantos fatos, de fato tanta idéia!
Será melhor pesquisa do mundo que já fiz.
Vou enxugar o texto, seguir o roteiro e me encontrar. Afinal quando a discussão é teórica (...)
A cidade do Recife, História Social, o higienismo, a minha higiene mental [tanta coisa].
Preciso historicizar esta estória, vale muito a minha versão.
Será que encontrarei os fios soltos nas linhas do tempo. E as continuidades e as rupturas? Tudo tão plástico.
Vou seguindo essa estrada, que segundo Valerý, associada ao espírito me ajudará a ver melhor.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lado

Me vi pensando: de que lado estou?
As vezes a vida te impõe essas duvidas.
Mas o principal questionamento é: Preciso estar em algum lado?
De que lado estou, de que lado eu fui. Isso é mesmo  válido?
Não aceito o partidarismo de um lado só. Quero a imparcialidade ao meu jeito.
Quero escolher o que me cabe, me convence, seja frio ou seja quente, eterno ou efêmero, moral ou imoral, seja certo ou errado. Quero a duplicidade.
Não sou feito de uma coisa só, sou sangue, sou suor, sou dor, sou carne, sou sorriso, sou isso e às vezes aquilo. Sou medo, sou força, sou um mas me divido em outras pessoas.
Sou fruto das incertezas em que transito. Estando certo ou equivocado me preencho. Sou tanta coisa, tanta que não me componho em um lado só.
Então não me venha doutrinar com suas bandeiras, estandartes e discursos ao pé do ouvido. O meu bloco é colorido, não tem asteio, é transitório, é confuso, sem sentido.

Apalavra

Palavras soltas são o suficiente para encher linhas, mas sem cuidado esmagam as entrelinhas.
Palavras soltas expressam o lúdico do poeta mas, sem afeto não é arte.
E o que te basta?
Uma alma cheia de esperança em migalhas, ou um amor que te faça esperar?
São palavras, pedaços
São pensamentos soltos que te levam para algum lugar.
Esse movimento não pode parar
Como uma corrente que te leva dentro do mar o movimento da alma não pode cessar

Palavras soltas
Soltas
Solta meu cabelo e me deixa mergulhar
A rima me vicia e eu posso parar
Por que o corriqueiro cansa
A alma pergunta e a resposta nem sempre convence
Só sei que não posso parar
As palavras me ludibriam como o hálito da maresia, como o vento na nuca

Palavras
As quero
Talvez soltas não as consiga dominar
As quero então dentro de mim
Domina-las para não fugir
As palavras não fogem, são escudo moradia, minha fantasia.

Vamos "pros" inicialmente

Bem, como alguém que purga(é quase um engodo) eu despejo a trava da garganta neste blog. Sereno não? Não.
Desejo que interfiram. É estranho, afinal por que é importante a interferencia de alguém que supostamene não conheço? Não sei, apenas interfiram! De toda forma este é um espaço público em que disponho o meu, privado,ou parte dele. O sentido a gente descobre.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Neologismo

ciranda
ci.ran.da
sf 1 Peneira grossa com que se joeira areia, grãos etc. 2 Cantiga e dança infantil, de roda; cirandinha.