segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mil ações descabidas

Quebraste meu espelho
Rompeste com os laços
Compraste aquela briga
com tanto medo de perder, arrependida
Saíste para pescar e me esqueceste
Vendeste os teus afetos por ai
com um milhão de frases prontas
Achaste tão bonito o fim do dia
com mil velas acesas, precavida
e foste se perdendo com o tempo.

Dominaste tua platéia
Reviveste alguns momentos
Sorriste o mais largo dos sorrisos
com cinco comprimidos, deprimida
Descobriste o fim da linha
Morreste a noite inteira
com mil caixões apostos
Tiveste tanto medo de voar
com mil passagens pagas, atrevida
e foste se achando no fim das contas.

(Por Rossano Coutelo)

3 comentários:

  1. Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação.

    Mário Quintana diz e eu compartilho!!

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  2. Quem de nós não agiu desencabidamente?
    Quantos espelhos não quebramos...mas enfim nos achamos.
    Adorei.
    De fato como Jane o poema já é um forma de interpretar...

    Obrigada pela contribuição, demorou mais enfim chegou!

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