sábado, 23 de abril de 2011

Genuíno em mim

A minha liberdade...
não está à custa dos outros, nem de um outro passo qualquer.
As rotas serenas, nem sempre me mostram o caminho,
mas ser livre para mim é que há de mais genuíno.

Me permito olhar para as coisas passadas,
Quando os olhos eram negros, quando meus pés andavam por si só.
Permita-me um último por do Sol, solando na paisagem.

Permita-me lançar a rede ao mar, andar sem laços,
ouvir o barulho das ondas quebrar e só voltar quando o Sol cair.
Permita-me dançar quantos sambas eu agüentar.

Permita-me passos largos, rotas e faróis.
Permita-me desnortear.
A minha liberdade é minha, e ela não vem apaziguar.
A culpa da falta de fala, resulta na falta de ar - se não digo, logo eu não sinto.
Não posso culpar.

Permita-me medir, dimensionar com o olhar,
 e passiva ver o último por do Sol chegar.
"O futuro foi agora, tudo é invenção"
Deixa a minha liberdade falar, por que ser livre é o que há de mais genuíno em mim.



Viviane Pereira

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