terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lado

Me vi pensando: de que lado estou?
As vezes a vida te impõe essas duvidas.
Mas o principal questionamento é: Preciso estar em algum lado?
De que lado estou, de que lado eu fui. Isso é mesmo  válido?
Não aceito o partidarismo de um lado só. Quero a imparcialidade ao meu jeito.
Quero escolher o que me cabe, me convence, seja frio ou seja quente, eterno ou efêmero, moral ou imoral, seja certo ou errado. Quero a duplicidade.
Não sou feito de uma coisa só, sou sangue, sou suor, sou dor, sou carne, sou sorriso, sou isso e às vezes aquilo. Sou medo, sou força, sou um mas me divido em outras pessoas.
Sou fruto das incertezas em que transito. Estando certo ou equivocado me preencho. Sou tanta coisa, tanta que não me componho em um lado só.
Então não me venha doutrinar com suas bandeiras, estandartes e discursos ao pé do ouvido. O meu bloco é colorido, não tem asteio, é transitório, é confuso, sem sentido.

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