"Saiba também calar-se para não se perder em palavras"
Clarice Lispector
Mal daqueles que só esperam pelo que virá
Sem estar pronto para o que aqui está.
Na ansiedade não paramos pra ler, pra entender...
Na ânsia não observamos o outro, não lemos o semelhante,
Não há semelhança.
Tempo,
Tudo urge!
Acostumados a respostas prontas nos ataviamos aos "saiba que..."
Nos atamos ao vicio de responder,
Como se pra tudo houvesse resposta.
Como se para cada sensação existisse uma palavra posta.
Mas e o silêncio involuntário? Onde está o instante mudo, calado?
Sem palavras caminhamos,
Mesmo falando somos mudos,
mesmo sabendo somos leigos,
mesmo sentido somos nada.
Por que nem [o] tudo tem resposta, nem a vida está disposta a sinalizar o caminho.
Se fazer saber é todo dia
é no silêncio ou na agonia,
é no descanso e na alegria... é às vezes no "sem palavras" e no sem melodia.
É quando - a gente sem querer se perder em palavras - se silencia.
Vivi, se você soubesse quanto são lindos seus textos mais objetivos e diretos como este.
ResponderExcluiradorei.
Me sinto assim (como no texto), como tudo e sem nada.
:)