segunda-feira, 29 de agosto de 2011

eu levo o seu coração comigo [e. e. cummings]



eu levo o seu coração comigo (eu o levo no
meu coração) eu nunca estou sem ele (a qualquer lugar 
que eu vá, meu bem, e o que que quer que seja feito
por mim somente é o que você faria, minha querida)

tenho medo

que a minha sina (pois você é a minha sina, minha doçura) eu não quero
nenhum mundo (pois bonita você é meu mundo, minha verdade)

e é você que é o que quer que seja o que a lua signifique
e você é qualquer coisa que um sol vai sempre cantar 
aqui está o mais profundo segredo que ninguém sabe
(aqui é a raiz da raiz e o botão do botão

e o céu do céu de uma árvore chamada vida, que cresce
mais alto do que a alma possa esperar ou a mente possa esconder)
e isso é a maravilha que está mantendo as estrelas distantes
eu levo o seu coração (eu o levo no meu coração)

e. e. cummings


Não me canso de ler deste poema [de lê-lo, relê-lo e deixar ele me ler], desde de que o conheci nas cenas finais de um filme de Tony Scott, “In her shoes”. 


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