sábado, 20 de agosto de 2011

Nostalgia.

A vida segue numa nostalgia que eu nem sei explicar mas me invade.
Nostalgia boa, que faz o frio da barriga,
Que faz o coração encher, pulsar.

Saudades dos meus tempos de criança, quando a condução me apanhava e eu não me atrasava.
Saudades dos tempos onde os meus maiores desafetos se originavam durante uma disputa a base de mini empurrões por um lápis rosa.
Do cheiro da escola, da lancheira, da farda, do Jaspion à tarde na Tv Manchete.
Quando minhas preocupações se esgotavam no decorrer de um dia, pois na iminência de um novo eu recuperava novamente a esperança.
Saudades dos tempos onde minhas escolhas eram orientadas pela minha mãe,  ao fitar seus olhos eu descobria o que escolher.
Saudades de ficar de bobeira, de correr pelas escadas do prédio, de suar, me molhar na chuva e defender meu irmão magricelo em suas encrencas, de ser e somente ser.

A vida segue, se faz e suas surpresas,
Nas lentes que são os meus olhos, refletem os sonhos de menina outra vez.
Não com a mesma  tez, mas com uma vivacidade tal que me faz acreditar.
Meu alento é saber que a vida segue, sonhos são construídos, os dias são ensinamentos, e que este meu viver está na menina dos olhos de Quem me idealizou, desde muito antes de nascer.

Viviane Pereira

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